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O Pavilhão de Portugal em 2018

No primeiro encontro de países participantes, em outubro 2017, o presidente de La Biennale di Venezia, Paolo Baratta, elogiava o poder da arquitetura como instrumento para o desenvolvimento social e distribuição de recursos e apelava aos curadores para investirem na sua valorização junto do grande público. Nessa altura Portugal ainda não tinha projeto porque, pela primeira vez em 15 anos, a Representação Oficial dependia de uma seleção por concurso. Convidámos sete pares de arquitetos a apresentar candidaturas e uma comissão de cinco peritos para escolher como se afirmaria o país num dos maiores encontros à escala internacional sobre o estado da arte e da sua dimensão política.

Quando Public Without Rhetoric foi selecionado, as negociações sobre a sede do pavilhão português em 2018 ainda estavam a decorrer. O novo espaço pelo qual optámos foi o Palazzo Giustinian Lolin, porque com o prestígio cultural da Fundação Ugo e Olga Levi e o atrativo do Canal Grande, se prenunciava uma auspiciosa visibilidade e interseção deste projeto com os profissionais e turistas que visitam a Biennale.

Os curadores Nuno Brandão Costa e Sérgio Mah, empenhados numa generosa representação, reuniram doze projetos de arquitetos consagrados e emergentes, e convocaram o olhar de quatro artistas sobre a excelência dessas obras. Louvamos a maneira, livre e audaz, como propuseram instalar esta exemplar coleção da mais recente obra pública portuguesa no edifício privado e tipicamente veneziano que os acolhe. 

A participação de Portugal na 16ª Exposição Internacional de Arquitetura sublinha a evidência de que o investimento dos Estados num espaço coletivo, acessível e de qualidade, está diretamente relacionado com a ascensão de uma sociedade democrática, culta e inclusiva. Assim, associamo-nos abertamente ao tema Freespace lançado por Yvonne Farrell e Shelley McNamara.

Paula Varanda
Diretora-Geral das Artes