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O Palazzo Giustinian Lolin vai receber este ano o trabalho de Leonor Antunes, sob a curadoria de João Ribas. O Palazzo acolherá a sede do “Pavilhão de Portugal”, visto que será aquela artista que representará o nosso país na 58ª edição da consagrada mas sempre desafiante “Bienal de Arte de Veneza”. Expor naquele espaço tão marcado pelas histórias e pelas estórias de uma cidade como Veneza representa um grande desafio para Leonor Antunes. O diálogo (ou a luta) que travará com um espaço tão presente definirá a forma de apresentação da sua obra em Veneza, vencidas todas as dificuldades de relação com um lugar (e seu espírito). Porém, a singularidade do gesto criativo de Leonor Antunes derrubará qualquer obstáculo (real ou metafórico), transformando o Palazzo num lugar-outro, povoado por esculturas que antes de interrogarem o olhar do visitante questionam o edifício veneziano. A artista inscreverá a sua obra, como exercício de liberdade, num lugar aparentemente limitador mas que é, como se comprovará, território de novas e improváveis aproximações.

A participação de Portugal na Bienal de Veneza, nesta edição através da obra de Leonor Antunes, é entendida como um dos momentos fundamentais da afirmação internacional dos artistas portugueses. Neste processo a DGARTES cumpre a missão de estar ao serviço dos trabalhos do curador e da artista, assegurando todas as condições para uma participação digna e de grande alcance.
Refira-se que esta será a primeira vez que na base da escolha de uma representação oficial portuguesa na Bienal de Arte de Veneza está um concurso público, assegurado por um júri independente que escolheu a proposta de João Ribas/Leonor Antunes.
Cabe-me agradecer à equipa de técnicos da DGARTES todo o empenho e dedicação e a João Ribas e Leonor Antunes o privilégio de ajudarmos a construir a representação de Portugal na Bienal de Veneza.

 

Américo Rodrigues
Diretor-Geral
Direção-Geral das Artes